quinta-feira, 27 de março de 2014

Qual a relação entre a PHDA e tiques nervosos?

 Um tique é um movimento motor ou uma vocalização que ocorre de forma involuntária, repentina, recorrente, estereotipada e não rítmica. Os tiques são sentidos como irreprimíveis, ocorrendo sem finalidade aparente, de forma inesperada. Podem ser esporádicos, ocorrendo por um certo período de tempo, ou crónico, durando, às vezes, toda uma vida. Podem ocorrer isolada ou coletivamente combinados de tiques vocais e musculares, caracterizando, conforme o caso, diversos transtornos diferentes.
 A PHDA aparece com frequência muito maior em pacientes com Transtornos de Tiques do que na população em geral. Em estudos controlados, nos quais são comparados grupos de crianças com e sem PHDA, em geral cerca de 17% das crianças do grupo com PHDA também apresentam o Transtorno de Tiques. Já no grupo de crianças não portadoras de PHDA, apenas 4% apresentam o Transtorno de Tique.
 Este resultado tem importantes implicações não só clínicas como também terapêuticas, pois o tratamento padrão para a PHDA com psicoestimulantes pode aumentar a gravidade do Transtorno de Tique.

Fonte: "Distraído e a 1000 por hora", Guia para familiares, educadores e portadores de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção.

terça-feira, 25 de março de 2014

"Só o amor o pode salvar"


"Só o amor o pode salvar é uma importante viagem ao interior da mente de uma pessoa com DDA/DDAH.

Ben Polis frequentou seis escolas diferentes, ficou três mil horas de castigo e levou a família a procurar ajuda profissional. Através de uma grande determinação e da auto aprendizagem de técnicas de concentração, conseguiu frequentar um curso universitário.

Ben descreve o que significa sentir impulsos constantes, tomar toda uma série de medicamentos e querer desesperadamente ser apenas “normal”. Apresenta também vários e valiosos conselhos, tais como descobrir as formas de disciplina que funcionam e as que nunca irão surtir resultados. Só o amor o pode salvar é uma importante viagem ao interior da mente de uma pessoa com DDA/DDAH."

Para todos os pais que já choraram de desespero por terem um filho hiperativo, impulsivo e aparentemente incontrolável; 
Para todos os professores que já sentiram a frustração de tentar ensinar um aluno que simplesmente não presta atenção;
Para todas as crianças que já se perguntaram a si mesmas Por que é que ninguém gosta de mim? 

PHDA


Entrevista a neuropediatra sobre PHDA (2012)



"Desleixada, irresponsável, desorganizada e preguiçosa é assim que muitas crianças costumam ser classificadas. Por não irem bem na escola e esquecerem coisas rotineiras, acabam sendo rotuladas dessa maneira. Entretanto, esses defeitos podem não ser simplesmente falta de esforço e sim uma perturbação, a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção."

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Alerta aos pais e professores

(...) Muitas vezes, os pais desesperam quando vêm os seus filhos com muito potencial, mas que não vão longe. "Pensam que são preguiçosos", explica Nuno Lobo Antunes, que adverte os educadores a fazerem as perguntas fundamentais, antes de rotularem a criança de "problemática". "É preciso saber a que se devem as dificuldades", esclarece.

Os professores têm também um papel crucial. "Se dizem a uma criança que é burra, isso é uma marca indelével, porque para as crianças os professores dizem verdades absolutas", explica. "É preciso prudência e tratar estas crianças como iguais", frisa. Se pensarmos que em Portugal há cerca de 100 mil crianças com perturbações de desenvolvimento, as crianças com PHDA não podem ser estigmatizadas, já que apenas as diferencia o tipo de distúrbio. 

http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/utentes/crianca/hiperactivos_com_final_feliz/2
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